terça-feira, 9 de agosto de 2011

O alimento proibido


Um homem tinha verdadeira paixão por feijão, mas ele lhe provocava muitos gases, criando situações embaraçosas.

Um dia ele conheceu uma garota e se apaixonou. Mas pensou: “Ela nunca vai se casar comigo se eu continuar desse jeito”. Então fez um sacrifício enorme e deixou de comer feijão. Pouco depois os dois se casaram.

Passados alguns meses, quando ele voltava para casa, seu carro quebrou. Então telefonou para a esposa e avisou que ia chegar mais tarde, pois voltaria a pé. No caminho de volta para casa, passou por um restaurante e o aroma maravilhoso do feijão lhe atingiu em cheio.
Como ainda estava distante de casa, pensou que qualquer efeito negativo passaria antes de chegar.

Então entrou e comeu três pratos fundos de feijão. Durante todo o caminho, foi para casa peidando, feliz da vida. E quando chegou já se sentia bem melhor.

A esposa o encontrou na porta e parecia bastante excitada. Ela disse: 'Querido, o jantar hoje é uma surpresa'. Então ela lhe colocou uma venda nos olhos e o levou até a mesa, fazendo-o sentar-se na cabeceira. Nesse momento, aflito, ele pressentiu que havia um novo peido a caminho. Quando a esposa estava prestes a lhe remover a venda, o telefone tocou ela foi atender, mas antes o fez prometer que não tiraria a venda enquanto não voltasse. Ele, claro, aproveitou a oportunidade.

E, assim que ficou sozinho, jogando seu peso para apenas uma perna, soltou um senhor peido. Não foi apenas alto, mas também longo e picotado. Parecia um ovo fritando. Com dificuldade para respirar, devido a venda apertada, ele tateou na mesa procurando um guardanapo e começou a abanar o ar em volta de si, para espantar o cheiro.

Mas, logo em seguida, teve vontade de soltar outro. Levantou a perna e... (RRROOOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUMMMMMMM!)

Esse, então, soou como um motor a diesel pegando e cheirou ainda pior!

Esperando que o odor se dissipasse, ele voltou a sacudir os braços e o guardanapo, freneticamente, numa animada e ridícula coreografia. E quando pensou que tudo voltaria ao normal, lá veio a vontade outra vez...

Como ouvia a mulher, lá dentro, continuando a falar no telefone, não teve dúvidas: jogou o peso sobre a outra perna e mandou ver. Desta vez merecia medalha de ouro na categoria. Enxofre puro.

As janelas vibraram, a louça na mesa sacudiu, e em dez segundos as flores no vaso sobre a mesa estavam mortas. Ouvido atento a conversa da mulher no telefone, e mantendo a promessa de não tirar a venda, continuou peidando e abanando os braços por mais uns três minutos. Quando ouviu a mulher se despedir no telefone, já estava totalmente aliviado.

Colocou o guardanapo suavemente no colo, cruzou as mãos sobre ele e chegou a sorrir vitorioso, estampando no rosto a inocencia de um anjo. Então a esposa voltou a sala, pedindo desculpas por ter demorado tanto ao telefone, e lhe perguntou se ele havia tirado a venda e olhado a mesa de jantar.
Quando teve a certeza de que isso não havia acontecido, ela própria lhe
removeu a venda e gritou:

'SURPRESA!'

E ele, finalmente, deu de cara com os doze convidados sentados a mesa para comemorar seu aniversário de casamento!


*O título original é "O Feijão" (como está no e-mail). Porém desconhecendo autoria e considerando o texto como domínio público, tomei essa liberdade, hehehe.

Abraço do Leo!

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