terça-feira, 31 de maio de 2011

E o clima esquenta na UFAL


Embora não tenha sido amplamente divulgado nos meios de comunicação, a atual reitora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Ana Dayse estará em breve se aposentando.

Após oito anos a frente da instituição, ela deixa o cargo no dia 03 de dezembro, e desde já essa eleição para o próximo reitor já se mostra acirrada. Sem negar o seu apoio ao candidato Eurico, ela já enfrenta acusações de favorecimento ao mesmo, que atualmente é vice-reitor.

Porém mal começou a “campanha eleitoral” e a candidatura do senhor Eurico já se depara com alguns problemas.

Seguem abaixo dois e-mails, o primeiro uma mensagem enviada pela assessoria de imprensa do candidato, e um outro e-mail da universitária Déborah Moraes:


Eurico Lôbo vence primeiro debate na Ufal

Estudantes, professores e técnicos-administrativos coloriram de vermelho a Tenda Cultural da Ufal no primeiro debate com os candidatos à reitoria da Universidade Federal de Alagoas realizado na noite desta terça-feira (24).

A comunidade acadêmica da Ufal declarou o seu apoio à chapa 03 “Conhecimento que Transforma” e prestigiou Eurico Lôbo, futuro reitor, que apresentou projetos para nossa Universidade seguir no caminho de avanços e conquistas.

As manifestações de apoio da platéia que assistia ao debate mostraram o desejo de mais conquistas para universidade com Eurico Lôbo e Rachel Rocha na reitoria, comprovando que Eurico foi grande vencedor do primeiro debate na Ufal.

No decorrer do debate, Eurico Lôbo abordou todos os temas de maneira esclarecedora e objetiva. Sempre enfatizando a experiência e as conquistas da Universidade nos últimos 8 anos, Eurico afirmou que na reitoria vai “garantir que a Ufal se desenvolva ainda mais, orgulhando todos os alagoanos”.

Durante a sabatina, o candidato defendeu a expansão e a interiorização da Universidade, com ampliação de projetos de assistência estudantil como bolsas para estudantes, novo Restaurante Universitário e uma nova Residência Universitária.

“Nosso crescimento é consistente e estruturado. Saltamos de 11 mil para 23 mil alunos em 8 anos. Contratamos cerca de 700 professores e 400 técnicos. As bolsas e auxílios a estudantes saltaram de cerca de 300 para quase 3.000. Em 2003 não havia nenhuma obra em nossos campi e hoje já construímos salas de aula, laboratórios e atualmente 43 obras estão em andamento na Ufal. Isso sem contar na expansão para o interior, com os campi de no Agreste e no Sertão. Agora vamos aperfeiçoar estas conquistas e avançar ainda mais” garantiu Eurico Lobo durante o debate.”


Segue agora o texto escrito pela universitária Déborah Moraes:

“Olá a todos que receberam este e-mail, principalmente a assessoria da campanha de Eurico Lobo a reitoria da UFAL.

Gostaria de lembrar-lhes o significado da palavra debate: "Discussão em que se alegam razões pró e contra", de acordo com Aurélio.

Assim, podemos afirmar que num debate não existem vencedores ou perdedores. 

Sei também que uma assessoria de comunicação, principalmente política, tem a obrigação de manter informados os interessados naquele fato político, sobre o que acontece, porém eu nunca disponibilizei a vocês meu endereço eletrônico e nunca solicitei informações sobre "Eurico, reitor". Além de que, como público atento e, sem posicionamento ainda definido, do debate ocorrido ontem na UFAL afirmo que, se houve alguém que se aproximou de alguma "vitória", não foi o candidato Eurico.

Para começo de história, o debate foi mal organizado e mal estruturado. Pessoas incompetentes e irresponsáveis tornaram aquele evento que ocorria debaixo de uma "lona de circo" uma verdadeira palhaçada. E tinha como protagonista a mediadora, a vice-presidente da OAB/AL, Rachel Cabus Moreira, que fez questão de repetir inúmeras vezes que foi CONVIDADA para mediar o debate e que não tinha interesse pessoal nenhum naquilo (mentira deslavada, até um cego podia ver sua enorme inclinação a favor do candidato Eurico). A moça não conseguia decorar nem o nome dos outros dois candidatos. Não se importava quando as torcidas se exaltavam durante a fala dos candidatos Paulo Vanderlei e Valéria, mas só faltava brigar com a mesma platéia quando esta fazia barulho quando o candidato Eurico ia responder às questões direcionadas a ele.

É indignante perceber que um candidato que se diz preparado e empenhado a se tornar reitor da UFAL consiga tão calmamente usurpar a verdade dos fatos. Mais que isso, é terrível ver profissionais de comunicação, pois certamente esta campanha conta com uma assessoria de comunicação, a área na qual estou me formando, mostrarem fatos que não aconteceram desta forma, tentando influenciar pessoas que não estiveram presentes no debate a votar num candidato que participou de uma gestão de oito anos, OITO ANOS, e que virou as costas para tantos problemas graves e tantos cursos que hoje se encontram abandonados, sucateados, estuprados em sua potencialidade. Que não têm a mínima capacidade de formar profissionais realmente completos e preparados para o mercado de trabalho.

O candidato Eurico falou de construções, que ele disse, que todos viam, mas que ninguém vê. Falou que nenhum reitor é capaz de resolver a questão da segurança no campus, mostrando-se incapaz de elaborar estratégias e pensar junto com a comunidade e envolver os verdadeiros interessados, em mudanças que ele promete fazer.

É verdade que alunos, professores e servidores coloriram a tenda de vermelho, mas outros tantos, iguais, coloriram-na de azul e roxo também. E mesmo sem saber ainda em quem vou votar, nem sabendo mesmo se vou votar, tenho a certeza de que no candidato Eurico não será. Estou a mais de dois anos na UFAL, na metade do meu curso e não vi uma melhoria sendo feita a favor dele. Só ouvi a gestão chamar  de baderneiros, maloqueiros e tantos outros adjetivos quando em protesto os estudantes do campus se mobilizaram para tentar conquistar direitos que já são nossos, como sala de aula e professores, mas que a gestão não é capaz de proporcionar.

E sim, é verdade, a platéia de ontem quer mudanças, mais conquistas, interiorização e ampliação da UFAL, mas quer que sejam mudanças efetivas, verdadeiras, duradouras e para todos. Querem também ampliação, expansão e interiorização, mas com qualidade. Não interessa mais gente formada, mas mais profissionais incompetentes. 

Sem falar no ar de arrogância e prepotência que o candidato Eurico demonstrou... Deixou claro, antes mesmo do debate começar que não estava "nem aí" para aquela palhaçada que aconteceu ontem na tenda cultural, lugar para os estudantes promoverem atividades culturais e científicas, que não tem o mínimo preparo para receber determinados eventos. Um palanquezinho, arquibancadas que não demonstram a menor qualidade estrutural, sem falar nos rasgos imensos na sua cobertura, que molhou muita gente quando começou a chover durante o debate.

Não sei, sinceramente, quem ainda é capaz de confiar e apostar numa gestão que já está aí a oito anos e nunca olhou para determinados cursos, nunca, nem no essencial alguns alunos e professores. Porém, eu não!

Não mais Eurico. Não mais uma gestão eletista. Não mais descaso! Não mais vermelho que é cor do sangue que nós temos que derramar para nos formar.

Déborah Moraes”

Diante do que a Déborah expôs, resta a pergunta feita por um amigo meu:

"A quem o senhor quer enganar, professor Eurico?"  

Abraço do Leo!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Contente com um bom trabalho

Acabei de terminar um trabalho sobre esteróides e anabolizantes. Era para a equipe montar uma capa de revista sobre o tema, e não pude deixar de pensar em uma "cópia" da minha revista favoria, a Super.


Outros trabalhos que foram feitos "nessa safra":





Abraço do Leo!

domingo, 8 de maio de 2011

O fazendeiro e as moças

Sem criatividade de postar algum texto que escrevi, vai esse aqui, que meu tio me mandou uma vez...



Um fazendeiro resolve colher algumas frutas em sua propriedade, pega um balde vazio e segue rumo às árvores frutíferas.

No caminho, ao passar por uma lagoa, ouve vozes femininas que provavelmente invadiram suas terras. Ao se aproximar lentamente, observa várias belas garotas nuas se banhando na lagoa.

Quando elas percebem a sua presença, nadam até a parte mais profunda da lagoa e gritam:

- Nós não vamos sair daqui enquanto você não deixar de nos espiar e for embora.

O fazendeiro responde:

- Eu não vim aqui para espiar vocês, eu só vim alimentar os jacarés!


Conclusão: "A criatividade é o que faz a diferença na hora de atingirmos nossos objetivos mais  rapidamente".


Abraço do Leo!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O "Quinto dos Infernos"


Com toda essa polêmica do vídeo do Felipe Neto estou postando um texto aqui, que recebi já faz muito tempo, mas muito interessante. Recebi sem autoria.


O "Quinto dos Infernos"

Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto".

Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro. O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que foi apelidado de "O Quinto dos Infernos". A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama".

Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT, a carga tributária brasileira deverá chegar ao final deste ano de 2009 a 38% ou praticamente 2/5(dois quintos) de nossa produção. Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...

Para que? Para sustentar a corrupção, o PAC, o mensalão, o Senado com sua legião de "diretores", a festa das passagens, o bacanal (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra familiar no executivo. Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos" para sustentar esta corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa.

E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente!


Abraço do Leo!

domingo, 1 de maio de 2011

As torradas

"Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.

Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:

"- Querida, eu adoro torrada queimada..."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:

" - Companheiro, sua mãe teve hoje um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor empregado, ou cozinheiro!" 

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos - e com amigos.

As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.”

(Livre tradução de um texto em inglês, sem designação de autoria)


Abraço do Leo!