Um mundo cada vez mais infantil

Se há algo que sempre foi dito e continua a ser repetido é que o futuro pertence às próximas gerações, e por isso é essencial que os jovens e as crianças sejam preparadas para a vida. Essa preparação sempre implicou em um amadurecimento pessoal e algumas responsabilidades. Mas hoje há algo de errado nesse processo de formação. E com isso formam-se cada vez mais “adultos infantis”.

Antigamente os jovens eram preparados para crescer e assumir algumas responsabilidades, a medida que o tempo ia passando. Passar no vestibular, conseguir um emprego, casar, ter filhos, eram algumas das responsabilidades a serem assumidas.  Ser jovem era uma etapa, uma fase que aos poucos ia sendo deixada para trás. Mas isso mudou: ser jovem passou a ser “estilo de vida”. E bem comercial, diga-se.

Os meios de comunicação deturparam o sentido de infância e juventude , tornaram-na objeto de desejo e consumo. Propagandas, novelas, filmes, todos passaram a vender uma imagem irresponsável, inconsequente e consumista do jovem. Essa imagem passou a ser vista como “legal” e “exemplo de vida”. Os jovens se perderam, e hoje não querem mais crescer. Sofrem da “Síndrome de Peter-Pan”.

Um exemplo disso é a grande quantidade de senhoras e senhores com mais de quarenta anos e que se vestem e agem como garotos de dezoito. Ou meninas de quinze anos que se dizem tão velhas. Ou ainda o saudosismo dos jovens com o que chamam de “velhos tempos”. Agora além de não quererem crescer perderam também o senso do ridículo.

Os jovens precisam acordar para a vida, encarar a realidade e ver que crescer faz parte do processo de viver. Saber assumir responsabilidades, conquistar a sua independência e maturidade. Ser jovem não é ser como a mídia diz que deve ser, mas sim ter sonhos, ter responsabilidades e principalmente, saber que suas ações podem mudar o mundo.

Abraço do Leo!

Sobre a democracia

Democracia é algo difícil de definir. Se procurar em um dicionário o significado de democracia provavelmente há de se encontrar algo como “forma de governo em que o poder emana do povo”. Mas se esse significado for interpretado de forma literal há de se chegar a conclusão de que ela não existe no convívio humano, inclusive em empresas, entidades e outras organizações e formações sociais, o que não é verdade.

A democracia pode assumir um sentido bem mais amplo, sendo uma forma de organização social em que a vontade ou os costumes da maioria são soberanos, porém sem subjugar qualquer tipo de “minoria”. É difícil encontrar um sistema democrático que cumpra com sua função de forma eficiente, uma vez que é comum um sistema ser manipulado por grupos dominantes, que acabam por criar as “regras do jogo” em causa própria. A liberdade plena torna-se impossível sem isonomia entre as pessoas de uma sociedade.

Só há liberdade democrática quando cada pessoa cumpre com o seu papel de cidadão, cumprindo os seus deveres e exigindo os seus direitos, sempre mantendo o respeito e a ética. Afinal, se na democracia o poder emana do povo, a ação do indivíduo como cidadão há de se somar com tantas outras ações, legitimando-se no próprio povo. Com cidadãos que cumpram com as suas responsabilidades civis é possível haver democracia.

Alcançar a democracia plena é, de fato, impossível. Mas é possível chegar próximo a isso, só dependendo do quanto a sociedade estiver disposta a se esforçar por isso. Quando o poder das “elites” for reduzido, a vontade do povo for cumprida e o cidadão assumir a sua responsabilidade como integrante fundamental de uma sociedade aí sim haverá democracia para todos. Afinal, como sempre foi dito por aí: “o povo unido, jamais será vencido!”.

Abraço do Leo!