Pois é,
perdemos. Digo perdemos por que mesmo sabendo que seja só uma partida de
futebol, e mesmo que a culpa seja de A ou de B que poderiam ter feito mais do
que fizeram e preferiam assistir, ou melhor, não só assistir mas serem
coniventes com uma derrota patética, a derrota da Seleção Brasileira pela Alemã
nas semi-finais da Copa do Mundo significa a perda do sonho não só do
hexacampeonato, mas sim de um sonho que já duram 64 anos: a da Seleção ganhar
uma Copa em casa.
Quem me
conhece sabe que nunca fui muito chegado em futebol, nunca entendi direito e
muito menos soube jogar bem. Mas desde pequeno a festa da Copa do Mundo me
encanta e me traz boas recordações, e desde que o Brasil foi selecionado para
sediar a Copa do Mundo de 2014 sonhei com a possibilidade do Brasil ser
hexacampeão em casa. Imagine só que lindo: o Brasil, campeão da Copa, em casa!
Não haveria momento mais belo do futebol em minha vida!
Por este
sonho - do qual hoje tristemente me desfaço - e por acreditar que a Copa tem
muito a contribuir para o país, fui a favor da realização do evento desde o
início. Mesmo com tanta polêmica, revolta e falta de informação, visão e
consciência política, continuei a creditar nesse sonho. E, após uma derrota
humilhante contra a Alemanha, é muito depressiva essa sensação de vazio que
fica, deixada pelo sonho que vai embora. É triste perceber que para mim o
mundial simplesmente perdeu o sentido e toda aquela aura mágica que o
circundava. Passou a ter tanta importância quanto a série B do campeonato
brasileiro.
Mas mesmo
com essa derrota, não me sinto mais ou menos brasileiro por isso. Não é o
futebol que mede o desenvolvimento de um país, muito menos o seu potencial e o
talento de seu povo. Somos mais do que futebol, praia e gente bonita. Somos a
sétima maior economia do mundo, um país que se destaca positivamente cada vez
mais no cenário internacional, e com uma riqueza cultural e natural fabulosa!
O que mais
me encanta no futebol é como uma única paixão, um único esporte que se resume a
vinte e dois homens correndo atrás de uma bola, consegue unir tantas pessoas de
um mesmo povo, e tantos povos tão diferentes, em torno de si. É algo esplêndido
e que deve sim ser valorizado, pois uma Copa do Mundo significa muito mais
união e cooperação entre os povos do que mil tratados de diplomacia assinados
entre Chefes de Estado!
Mais do que
nunca, sou brasileiro sim, sempre fui e sempre serei, e acredito que assim como
em tempos de Copa do Mundo o povo brasileiro, esse gigante adormecido, pode se
dar conta do poder transformador que tem, no Brasil e no mundo, e fazer
acontecer a mudança que tanto queremos.
Fica aí convite: Todos juntos, em um só
ritmo!
Abraço do Leo!